quarta-feira, 20 de março de 2013
Carreira de modelos - Atenções e cuidados especias para quem quer entrar nesse mercado
SPFW: Tops contam como evitam cair em golpes no mercado da moda
Thais Sabino
Direto de São Paulo
A proposta de carreira no mundo da moda, viagens pelo mundo, fama e dinheiro chama a atenção, mas nem sempre o pacote prometido se torna realidade. A estratégia já foi usada por aproveitadores e até mesmo criminosos no intuito de atrair vítimas. A carreira de modelo começa cedo, algumas fazem trabalhos com apenas 13 anos, por isso, todo cuidado é bem-vindo, segundo as tops entrevistadas no SPFW.
Os casos retratados na novela Salve Jorge, em que mulheres são traficadas com propostas de trabalho enganosas e, depois, são obrigadas a entrar na prostituição, servem para as iniciantes irem com calma e cuidado ao entrar no mercado.
Daiane Sodré começou a carreira aos 18 anos e os primeiros trabalhos foram acompanhados pela irmã. "A agência queria que eu fosse para Nova York no mesmo dia, mas esperei três meses para viajar. Se desse erro lá, alguém ia saber, minha irmã pesquisou tudo antes e não teve problema", contou.
Experiente, Martha Penz, 23 anos, contou que no início não dá para aceitar qualquer proposta de trabalho, precisa conhecer a pessoa, o cliente e o mercado. "Ter uma agência é uma forma de se proteger", indicou. "O segredo é entrar na agência certa", reforçou Carolina Thaler, que saiu de casa aos 16 anos. Segundo ela, tem que ser pé no chão.
A modelo Muriel Beal indicou a busca por agências grandes e famosas para não cair em mãos erradas. Aos 21 anos, ela esta há cinco no mercado fashion e contou que no início tudo era feito com muita cautela e que os pais dela pesquisavam todos os trabalhos antes de libera-lá para fazer. A agência também serve como forma de consulta, explicou Marina Nery: "eu recebo um trabalho, mando para eles, pergunto tudo, porque eles conhecem todo mundo e podem ajudar na negociação".
Para saber se a agência é de confiança, elas costumam também procurar quais modelos são agenciadas, contou Amanda Santana, que faz trabalhos de moda desde os 5 anos, sempre acompanhada pela mãe. "Minha mãe tem sexto sentido, quando ela sentia que não era algo bom, dizia que eu não estava preparada, sempre me deu força e me ensinou como deveria me comportar morando sozinha", disse.
"É tentadora a proposta de ganhar rios de dinheiro, mas é importante saber com quem se está trabalhando, não dá para afeiçoar sem conhecer antes", disse Viviane Orth. Desde os 13 anos ela trabalha com moda: "no Sul, tinha um caso de um homem que dizia ter me descoberto para atrair meninas, ele foi preso. Isso acontece muito, quantos não descobriram a Gisele?", contou.
O papel dos pais é fundamental para evitar golpes. No caso de Dani Witt, por exemplo, quando ela viajou a São Paulo, aos 16 anos, a mãe a acompanhou, para ver como tudo funcionava. A mãe de Marina também fez questão de conhecer onde a filha morava em São Paulo e no exterior. "Também, é claro, é importante prestar a atenção em tudo", disse Jamily.
A modelo Angélica Erthal levantou outro ponto de discussão: a das mulheres que se "dizem modelos" e acabam, por vezes, manchando a imagem das tops. "Nem toda modelo é puta, mas toda puta diz ser modelo como profissão", afirmou.
Fonte: http://moda.terra.com.br
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